quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

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o som falhou, os dedos saltaram pelas teclas e ao braço faltou a força. o acorde fica por entender, não chega ao ouvido, não comunica ao cérebro.
ficámos parados na nossa própria dificuldade de compreensão e de comunicação. não conseguimos mudar os botões, pressionar os que se ausentaram. neste grande painel branco, só encontrámos acordes menores para nos sustentar.
assim é fácil fugir.


refugiei-me na ponte que te estendi para atravessares piano, piano.
soube depois que no teu mundo nada disto existe, e deixo-te rosas onde caíste em silêncio. hei-de sangrar as tuas palavras.

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