raramente me lembro de ti.
estou a ouvir a análise futebolística de um jogo que não me diz nada, nem sei bem quem esteve contra quem.
eu não consigo olhar sequer para a caixa de comprimidos que tu sugeriste. ficou guardada, está no fundo da gaveta da mesa de cabeceira que está do meu lado.
nestes dias, involuntariamente, vêm-me à memória pequenos momentos, pequenas frases, detalhes do que ficou. olho para as fotografias que ainda não apaguei. fica para outro dia.
a distância temporal é curta mas sinto que tirámos aquela fotografia há décadas e desde então não mais nos vimos. esqueci-me tanto de ti.
um dia escreverei um poema no qual me lembre. um dia escreverei sobre esta sensação de felicidade conjugada com um vazio brutal, causada por não estares aqui.
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