que o meu corpo permita
é a única prece que repito
os dias passam-se, sempre dolorosos
sempre demorados
e eu continuo sentada, fechada sobre mim
abraçada ao meu estômago
não estou à tua espera
nem sei o que vi, o que vejo
a casa abandonada
o auscultador a pairar na sala
a vontade de fugir e de ficar
escrevinhar na página em branco
procurar tudo o que não encontrei
mas não estou à tua espera
e nunca estarei
a tua passagem é indolor
e eu inútil
imatura
incapaz.
Sem comentários:
Enviar um comentário