o vazio não me deixava esquecer
que algures, num tempo não muito certo,
havia qualquer coisa, digna de um adjectivo bonito,
nas palavras. e na voz. e no embalo.
eu tenho que te agradecer pela interrupção do nada
não seria o embalo, um abalo? não seria a tua voz, um alerta? não seria aqui a paragem, o final de todos os adjectivos mais ou menos bonitos, mais ou menos tristes.
quando não falo, estou a evitar o confronto comigo
e inevitavelmente tropeço na normalidade das pessoas à minha volta.
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