segunda-feira, 19 de junho de 2017

C. B.

as tuas mãos picam o pano
cuidadosamente esticado sobre a mesa
segues serena mesmo que a agulha
perfure a pele
sabes que crias e destróis com um toque
e os teus dedos criam ouro
dizes assim são as flores da minha aldeia
e eu imagino campos reluzentes
rodopiam o verde e o dourado, entrelaçados
como os fios com que dás à luz
as flores da tua aldeia
eu já vi girassóis
não menina, estas não precisam de sol
precisam dos teus dedos
giram ao ritmo da tua criação

Retirado do Youtube

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