domingo, 17 de julho de 2016

walk on by

como todos os que vão navegando, chegará o teu dia final
as minhas mãos fecham-se lentamente para guardar o que ofereces,
e para rezar que adies a tua partida
mesmo que em vez do olhar terno apenas me possas dar o vazio.

mas se eu pudesse teria este coração intransponível
construiria os muros mais altos para que mais ninguém me avistasse
(nem mesmo veriam a minha sombra)
e nenhum caminho chegaria até aqui
e nenhum código quebraria o silêncio.


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