não alimentes mais a poesia
não acendas os restos
sabes que as cinzas são só poeira
que não nos servem
não podes construir sobre elas
e chamar história ao novo fogo.
arderás depressa nesta praça vazia
e novas vozes ardentes de ódio
ecoarão nas ruas e nos caminhos
onde soubemos dizer coisas tão puras,
aqui está o rio,
aqui estão as estátuas dos que sobreviveram
à inevitável morte,
é esta a rua onde houve vinho,
música e promessas.
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