quinta-feira, 7 de abril de 2016

cansada

às vezes lembro-me que existe gente à minha volta
pessoas como eu, que saem do trabalho vencidas
entorpecida, distraída, com a alma ferida.
quem me dera não saber percorrer esse caminho
se as linhas do metro são complicadas, imagina...
imagina só. 
cá dentro há um sistema muito mais complicado...
mais difícil de entender
e eu estou tão desorientada, perdida num ser
de olhos vendados e peito magoado.

se for para cravar mais uma bala
deixa-me estar.
deixa-me ficar a chorar, deixa-me sozinha
que eu já vivi assim. 

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