Há duas portas que não fecham.
Há demasiado barulho, lá em cima.
Não quero perder o meu chão,
Mas a tua força é maior que a minha.
Tudo estremece.
Sou eu. Eu sou o meu terramoto.
A minha fraqueza culpa-te.
No teu trono esculpido por anjos caídos
E línguas de ódio,
Preparas a mira para alvejar,
Que sem chão e sem força, o meu corpo não pode aguentar.
A tua auréola do passado
Está arrumada no pretérito imperfeito.
Ainda brilha, ainda sabe brilhar,
E sabe quem eras.
O passado nunca vai passar.
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